Desafio da baleia azul, 13 razões... Por que se fala tanto disto??

Os dois temas remetem a um assunto que todos tem vontade de nunca vivenciar ou falar sobre ele: O suicídio.
                O desafio da baleia azul é um “jogo” disseminado na internet e que , através de “desafios “(são 50)  instiga o jovem a tirar sua vida.  A pessoa recebe os desafios por mensagem de celulares. Ele é fomentado a se automutilar cortando-se, a subir em lugares altos e, por fim, tirar sua vida.



                As treze razões vieram da série 13 reasons to why, uma série de canal fechado que conta a estória de uma adolescente que se suicida e deixa, para um colega , 13 fitas cassete com os motivos que fizeram-na tomar tal decisão.
                Alguns casos de suicídios de jovens no Brasil estão sendo investigados pela polícia para que se detecte se eles tem relação com o jogo da baleia azul. Outro, o suicídio de um casal de adolescentes em São Paulo, pode estar relacionado com o filme. Mas estes casos não são isolados. Alguns jovens tomaram coragem, ou quando os pais, atentos, perceberam que algo estava diferente agiram antes de que o pior acontecesse.
                A parte frontal do humano, responsável, entre outras coisas, pela tomada de decisão, só fica madura por volta dos 21 anos. Desafios, todos os jovens gostam, principalmente para provarem o quanto são “bons” e “corajosos”. Alia-se a tudo isto depressão, entre outras doenças psiquiátricas e medo de  ser visto como “fraco”. Está montado o coquetel necessário para este tipo de jogo ser tão atrativo ao adolescente.
                Segundo A OMS o suicídio é a segunda maior causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos sendo responsável por uma morte a cada 40 segundos! ( a primeira causa mortis de jovens no Brasil é o homicídio) .Sem contar as tentativas de dar cabo da vida que não terminaram em morte.
                Se temos algo bom para tirar deste jogo e da série de TV é a possibilidade de conversar sobre o assunto. Infelizmente, muitos de nossos jovens são órfãos de pais vivos. Pressão no trabalho,  (quando se está empregado), trânsito, problemas mentais, doenças, dívidas, entre outros desgastes da vida humana, afetam cada vez mais as relações familiares. Pais e filhos estão cada vez mais afastados. Muitas famílias nunca foram numa reunião escolar dos filhos, não conhecem os amigos e familiares deles. Não fazem idéia do que eles gostam ou não. Aliás “ele fica tão quietinho no quarto... “ mexe no computador melhor do que eu”...
                Bebês e crianças pequenas sendo criadas por tablets, computadores, televisões e na escola dioturnamente. Pais medrosos, estressados ou ainda pouco preparados para a responsabilidade de criar uma criança, com extrema dificuldade de conhecer seu filho, escutá-lo, brincar com ele e lhe impor limites. Este cenário de caos, faz com que coisas importantíssimas como a ideação suicida ou ainda com quem seu filho se relaciona ou como ele se comporta passem em branco.
                Geralmente é a escola que pontua quando algo vai mal através das notas. Mesmo assim, alguns pais colocam a “culpa” na “fase”, na “preguiça”, na “folga”, sem ao menos conversar com o filho e levá-lo para uma avaliação. É bom lembrar que depressão, bipolaridade, ser vítima de bullying, por exemplo aumentam muito as chances de suicídio.
                Mas como notar que meu filho pode estar em perigo? Preste atenção ao seu comportamento e se for necessário, busque a ajuda de um profissional. Fique atento se:

  • Ficou quieto e agressivo sem razão aparente;
  • Anda de calças e blusas de mangas longas sempre, independentemente se faz calor ou frio;
  • Não faz mais o que lhe dava prazer;
  • Extrema dificuldade em levantar ou dormir;
  • Mudança nos hábitos alimentares e nos cuidados pessoais;
  • Pessimismo exagerado;
  • Notas baixas.

Estes são apenas alguns sinais que devem ser olhados com mais carinho. Mas você não precisa deixar chegar neste ponto para intervir. Guarde um tempinho para ver TV com ele, jogar, brincar, escutá-lo, conhecer o que ele sabe e gosta. Escute as músicas com ele, chame os amigos dele para uma tarde na sua casa, veja filme, leia livros, passeiem. Conheça a vida dele. Saiba o que vê e com quem fala nas redes. Isso não é  invadir a sua privacidade e sim cuidar de alguém que ainda não está suficientemente maduro para tomar todas as decisões sozinho.

Estas tarefas ficam mais fáceis se você o acostumar com você perto dele desde pequeno.  Não perca seu filho dentro de casa. Este tempinho com ele é precioso para a vida de vocês. AH!  E se a escola ou algum amigo apontar as mudanças de comportamento, não brigue com ele, não o veja como um inimigo ou como uma “perseguição “ ao seu filho. Sinta que é uma solicitação de ajuda e um sinal de amor e carinho.

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